quarta-feira, 27 de setembro de 2023

A importância da música para o tratamento do autismo

 A importância da música para o tratamento do autismo


A musicoterapia utiliza a música como uma ferramenta terapêutica. Não se trata de uma técnica nova e tem raízes em hospitais militares da Segunda Guerra Mundial, onde era usada na recuperação de soldados com transtornos mentais e emocionais. No Brasil, a musicoterapia começou a se consolidar como profissão em 1970.


A música é considerada uma linguagem universal e pode ser usada para comunicação e expressão, mesmo por pessoas com dificuldades na fala. A musicoterapia pode ser ativa, envolvendo interações como tocar, dançar, compor ou cantar; ou passiva, envolvendo a escuta musical para alívio de dores, relaxamento ou redução da ansiedade.


A música também tem impacto no cérebro, ativando áreas relacionadas à comunicação, memória e emoções. Estudos mostram que a música pode ser benéfica para pacientes com doenças cardíacas, transtornos neurológicos, AVC, demência, amnésia, afasia e autismo.


MÚSICA E O AUTISMO


O autismo não é uma doença, mas sim uma condição. Há pessoas que tem autismo e outras não. Ele reflete em uma dificuldade da pessoa se comunicar, interagir socialmente e questões comportamentais que são acompanhadas por psicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, entre outros profissionais.


“A criança autista e a pessoa adulta tem a sensibilidade muito apurada, aliás, uma hipersensibilidade auditiva, tanto que algumas pessoas precisam usar até um abafador porque o som alto, o ruído atrapalha ela. Por outro lado, a música é um facilitadora não só para o desenvolvimento não apenas para a comunicação como também para outros aspectos”, disse Fabrício Vieira, advogado defensor do autista.


Um estudo publicado em 2018 afirma que a música motiva quase todas as regiões cerebrais e subsistemas neurais. Além disso, motiva mudanças no metabolismo, aumenta o fluxo de respiração, opera no córtex cerebral e pode estabelecer sensação de felicidade ao indivíduo que o ouve. Os atendimentos de musicoterapia não exigem conhecimento musical prévio, pois a musicalidade é inerente ao ser humano.


A terapia pode ser eficaz no tratamento de transtornos de linguagem em pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). No geral, a musicoterapia busca desenvolver potenciais individuais e melhorar a qualidade de vida, s